terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Bats in the Belfry

Ora vamos a mais uma curta.
Bats in the Belfry foi a vencedora do Prémio MOTELx - Melhor Curta de Terror Portuguesa da edição de 2010 do MOTELx, Festival de Cinema de Terror de Lisboa.
Realizada, escrita e animada por João Alves, esta magnífica peça de animação narra a história de Deadeye Jack, que chega a uma pequena igreja em busca de sacos de dinheiro para gastar em jogo e miúdas. O problema é que lá dentro, nem tudo é celestial.
Com uma animação primorosa e uma história simples, mas cativante, Bats in the Belfry mostra que não é preciso ser um profissional para fazer grandes obras de cinema.
Destaque para o final, delicioso.

Bats in the Belfry from João Alves on Vimeo.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Marretas e traumas


Já aqui disse que 1973 foi um ano marcante. Era lançado o primeiro LP dos Queen, morria J. R. R. Tolkien, era editado Carrie, o primeiro romance de Stephen King, e estreava The Wicker Man, realizado por Robin Hardy, com Edward Woodward, Christopher Lee e Britt Eckland. Mesmo sem mostrar sangue e tripas, este thriller marcou os apreciadores de terror, tendo um final chocante, que dificilmente se esquece.


O argumento fala-nos de um agente da polícia que chega à ilha de Summerisle em busca de uma jovem desaparecida. Os ilhéus não se mostram, de todo, prestáveis e o crescendo de tensão vai ter um desenlace inesperado e terrível.

Serve este intróito para dar a conhecer não o filme, mas uma versão fotográfica do mesmo, protagonizado pelos Marretas. Isso mesmo, os Marretas. Da autoria de Paul O’Connell, A Muppet Wicker Man segue fielmente os acontecimentos do filme. E é chocante. Aviso desde já que quem ainda tem o imaginário de infância intacto pode ficar irremediavelmente traumatizado. Porquê? Digamos apenas que envolve a Miss Piggy. Vejam por vossa conta e risco.

Geekices...

Juntemos o geek que há em nós a um caderno de qualidade para registar o que vai na alma.
O belo do Moleskine com tema Lego parece-me muito bem. Se não houver grande predileção pelo ABS, também temos Star Wars.
Para satisfazer a criança que há em nós :)

sábado, 28 de janeiro de 2012

O Leilão de uma Relação


Em outro local comentei que Important Artifacts and Personal Property from the Collection of Lenore Doolan and Harold Morris, Including Books, Street Fashion, and Jewelry foi uma das coisas mais interessantes que tinha lido nos últimos tempos. Pois esse livro já foi editado em Portugal e no Centro Cultural de Cascais está patente, até 4 de março, uma exposição com alguns dos objetos presentes no livro. Aqui podem ler uma entrevista da autora.

Professor, porque é que tem uma boca tão grande?

Mais uma prova de que os japoneses são alucinados no que diz respeito a filmes. Este de certeza que bate novos recordes de demência. Segundo diz o trailer, Red Sword foi baseado nos contos de fadas dos Irmãos Grimm, que já sabemos não serem exatamente para crianças, mas que não chegavam a este ponto. Liceais, katanas, mamocas e gore, muito gore, ou não fosse este um maravilhoso splatter movie do país do sol nascente.

A Alice e a Anti-Alice

O que aconteceria se a Alice se encontrasse com a Anti-Alice, a que está do outro lado do espelho?
Tendo como mote o aniversário do nascimento de Lewis Carroll (a 27 de janeiro de 1832), o site i09 publicou um interessante artigo sobre matéria e antimatéria. Prova da importância, ainda hoje, da Alice que chegou ao outro lado...
Para ler aqui.

Coisas e coisas

Lembram-se de The Thing - Veio do Outro Mundo (1982), de John Carpenter? Gostaram?
Se sim, imagino que vão gostar deste conto de Peter Watts, intitulado "The Things." Trata-se do ponto de vista da "coisa" que surge na estação norueguesa e que é levada, inadvertidamente, para a estação americana na Antártida. Todos os que viram o filme sabem o desenlace, mas Watts consegue criar um enredo que nos prende e faz com que sintamos alguma compreensão para com a criatura. Mais não digo, mas talvez as coisas não sejam como parecem à primeira vista. Vão ler este excelente conto, disponível gratuitamente aqui.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Happy B-Day, Mr. Dodgson


Charles Lutwidge Dodgson nasceu há 180 anos, a 27 de janeiro de 1832. Porquê referi-lo aqui? Talvez faça sentido se nos recordarmos do seu pseudónimo, Lewis Carroll, autor de Alice's Adventures in Wonderland e Through the Looking Glass.

Aqui ficam as ligações para entrada sobre ele na Wikipedia, para um artigo simples acerca do surgimento da Alice e para a entrada no Projeto Gutenberg, com várias versões das obras de Carroll.
Se nunca leram aconselho-os a fazê-lo, pois é dos mais geniais exemplos da literatura do absurdo.

Walkers, Geeks and other titles.

Ainda a segunda metade da temporada 2 de The Walking Dead não começou e já está confirmada a terceira temporada da série. A AMC deu luz verde para mais 16 episódios, desta vez, ao que parece, com mais ação. A ver vamos. Lido aqui, entre outros pontos da Net.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

É favor deixar o cérebro à porta...

Tiros e porrada no espaço, numa versão muito livre do clássico Fuga de Nova Iorque do mestre Carpenter? Pois que venha ele. Eis o trailer de Lockout, em glorioso HD.

Anthrax, kings of thrash.

2011 foi o ano de regresso de várias bandas de metal, entre elas uma das minhas preferidas. Contando mais uma vez com o vocalista original, Joey Belladona, "Fight'em 'til You Can't" tem tudo o que é bom: metal, thrash e zombies :)
Here's for your auditory delight.

Para quem não sabe...

...sou exatamente assim. Bibliófilo assumido. Parafeaseando o Miguel Esteves Cardoso, "tenho de estar sempre a ler. Até na casa de banho. Nem que seja o rótulo do champô".

Bunny!

Comecemos por recomendar uma curta de animação simplesmente deliciosa. Encontrei-a através do blogue de um grande amigo (obrigado, AA) e fiquei apaixonado. O final, então, é do melhor. Totalmente o meu género. Vejam, que não se vão arrepender.


Carrot Crazy from littleGIANT on Vimeo.

A Vida, o Amor e... os Zombies

Sou do tempo em que só havia dois canais de televisão: RTP 1 e 2. O primeiro e o segundo canais. Não tínhamos parabólicas, muito menos cabo, as cassetes de vídeo não estavam ainda disseminadas, o DVD estava longe, e as atuais formas de digital ainda nem sequer eram sonhadas. O que víamos? Íamos ao cinema, ou assistíamos ao que os programadores decidiam apresentar.

Não fui uma criança traumatizada. Não tive nada que me marcasse (bem ou mal) durante os anos de formação, salvo um pequeno pormenor. Estávamos nos idos de oitenta, algures entre 84 e 85. Os meus pais nunca me proibiram, per se, de grande coisa, mas lembro-me de certa vez, andava a RTP a passar filmes de terror à sexta-feira e ao sábado à noite, me dizerem que tinha de escolher: ou via o filme de sexta, ou o de sábado. Não ia ficar duas noites até para lá da meia-noite a ver TV. Permitam-me que frise aqui que sou da safra de 73. Grande ano. Primeiro LP dos Queen, entre várias outras coisas de monta que agora não me apetece ir procurar.
Mas voltando às noites cinéfilas, teria de escolher entre um filme de lobisomens da Hammer, em magnífico Technicolor, que passaria no sábado, ou uma coisa a preto e branco, aquilo a que hoje talvez haja quem chamasse de “filme de autor”, uma geekisse que não interessaria a um petiz de 11/12 anos, que passaria na noite de sexta-feira. Optei por sexta. Ora a dita obra cinematográfica intitulava-se Night of the Living Dead/A Noite dosMortos Vivos, a obra-prima de George A. Romero.
Todos os zombies que vemos hoje em dia descendem dos comedores de entranhas de finais da década de 60. O filme marcou-me. Acho que posso dizer que foi a única coisa que me deixou traumatizado desde pequeno. Não, não me tornei psicopata, degenerado, nem outra coisa do género. Modéstia à parte, acho que cresci para me tornar um rapaz simpático e cordial. Mas fiquei apaixonado (passe a expressão) por zombies. E por terror. E por tudo o que saia fora da norma a nível artístico (BD, cinema, literatura, etc.). Daí este título. A Vida é uma dádiva. O Amor é um privilégio. Os Zombies… esses são uma escolha. Ou talvez não.